A vida encolhe, a vida expande, encolhe e expande
Expansão e redução
Injusto paradoxo
O tempo mais curto a cada instante
Querer estar presente, viver além do tempo que resta
Quando percebe, aconteceu com o tempo – o corpo degrada, gasta, fenece
Chegam os 60 anos
Revelações flutuam na superfície
O corpo em transição, uma dor aqui e ali – e dores de quem está no infinito
Mudança de ângulo, novas perspectivas
Acreditar diferente e ser diferente
Desistir de uma ideia, abandonar crenças
Ah, as crenças limitantes! Adeus
Surpresas!
O que nos espera?
Vai doer? vai ser triste?
O corpo resiste e existe
O corpo persiste
Quem morre primeiro?
A mente ou o corpo?
O corpo segue a mente
Ou é vice-versa?
O tempo de cada um é mistério
A vida se cumpre
Larga ou estreita
Pedalando ou vegetando
Por qual razão uns vivem trevas? Outros não
Seria castigo, punição, azar?
Merecimento, teste?
Caminhar curioso e atento
Mudar espaços, trocar de vista
Ampliar-se
Sair do raso, explorar o fundo
Enquanto ainda vivos.