Imperativo gostar de si

Bora viver!

“Bora viver”! Tá na hora de viver a paz e a tranquilidade de não ter mais medo do que não se controla. Ser o que sempre se quis e estar em lugares escolhidos. Cada um vai ter os seus perrengues, suas dores físicas ou emocionais e contratempos. Mas isso é estar vivo e, então, podemos soltar as travas e viver. Escorrer pela vida em forma de cachoeira, sempre vertendo, jorrando, respingando, desenhando um caminho pela força da água – às vezes, até transbordando num lugar ou outro. Não se prendendo a nada além do acordo com a nossa felicidade.

pipa no céu

Voar longe e mais alto, sendo pipa colorida, lampejante, brincando de fugir do vento. Leve e sem medo, riscar o céu de trajetos não lineares, amigo dos ventos e suas lufadas imprevisíveis. Dar risadas no ar! Experimentar aquilo que sempre quis, ser outra, a que se arrisca para realizar um sonho.

Na velhice é preciso se gostar, se cuidar com carinho igual a gente trata quem amamos. Se mimar um pouco, ou muito. Nós já andamos tanto, merecemos, e sabemos melhor do que antes, onde vale a pena gastar o tempo e energia que é só nosso.

Já passou muito tempo, e o tempo só se escassa. Como nunca antes, temos a oportunidade de nos priorizar e agir a nosso favor. Um reencontro com as vontades e os sonhos que nos esperam ansiosos pra acontecerem. Faz tempo! Romper os saquinhos dos medos, das proibições. Esquecer a falta de apoio, a falta de quem te empurrasse em ajuda ou te levasse pela mão “- vai, se joga!”

A pergunta é: o que falta na tua vida, o que sempre sonhou fazer? Tantas vezes teve vontade e deixou passar, ficou pra trás porque “não era a hora certa”. Nunca era. Ou aquilo que brotou faz pouco, foi ontem, na forma de uma nova inspiração.

Chega de adiar o alarme do relógio e deixar pra depois. É tempo de abrir as gavetas, portas e janelas, vasculhar nas caixas e bolsos do passado e abraçar os sonhos, perdoar aquele medo que nos direcionou pra outros lados. Escrever, dançar, cantar, estudar, plantar, pintar!

Vai! Vamos? Vai ser bom. E a gente merece!

Foto de Isabel Cavalcanti Juchem

Isabel Cavalcanti Juchem

Sou publicitária e trabalhei como Produtora em agências de propaganda a maior parte da minha carreira. Aqui eu escrevo sobre o que me der na telha.

Compartilhe este texto

WhatsApp
Telegram
Facebook
Email

Leia também

Esperar com esperança

A Espera

Espera, esperar, esperando Quantas vezes a vida nos deixa em modo de espera? O ar parado num dia passado.  O relógio cumprindo a volta lenta

Leia mais »