Estes são apenas pensamentos disparados em mim e passados para o papel.
A gente vai guardando perdas pelos bolsos internos. Toda perda é um luto. De gente, de bichos, de tudo que deu errado também. Essa quantidade cresce e mais bolsos a gente costura com o tempo. Mais velha fico, mais lutos experimento.
Cada luto nos marca, machuca, esgoela o coração. Dói! O luto bate como um bumbo. É um soco que tonteia e derruba. O coração arde, de verdade. Igual se a gente morresse junto, pedacinhos que se vão de nós.
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Vida. Surpresas felizes, medo e sustos.
Céus ensolarados, nuvens escuras, muita chuva. Amores perdidos encontrados. Saudades daqui e dali. Paz e perigo. Vento e ventania.
A estrada que a vida entrega é de cada um. Ela é vista, sentida e apreciada – ou não – de múltiplas formas. Não tem certo ou errado. Só é. Do jeito que a gente consegue avançar.