Despediu-se de quem já não era mais
Aquela imagem no espelho era outra ela
Demorou-se em detalhes
Curvas
Circunferências
Montinhos
Metamorfose foi o que viu
De borboleta virou casulo
Vida em inversão
Não era mais unicamente beleza e cor
Era a própria casa, segura
Envolvida na proteção da volta ao casulo
Retrocesso? Avanço em ré, rebobinando vida?
Agora era “desborboleta”
Despediu-se dela mesma
E partiu pra dentro de si
Mais segura do que nunca
Ela sabia – era hora de voltar pra dentro
Rever a casa
Reorganizar
Embora velha
Tudo era novo
Não havia tempo ou razão pra não continuar.